É muito comum, confundirmos amor e apego.
O apego está relacionado ao ter. Buscamos a felicidade nas coisas externas, em bens materiais, coisas que não preenchem o vazio dentro de nós e vamos nos cansando, nos desgastando.
O apego apoia-se no medo e na infelicidade.
Apegados, tentamos modificar, manipular, controlar as pessoas que estão ao nosso lado, numa sensação de posse
O amor, ao contrário, é liberdade, aceitação, respeito. É viver e deixar viver.
O amor é ser. É paz interior.
Amar é, acima de tudo, desejar a felicidade do outro, em detrimento da própria felicidade
Na sociedade moderna o apego é um dos maiores motivos de sofrimento,
Está relacionado à baixa auto estima entre crianças e adolescentes e irá refletir, certamente, na idade adulta.
Pode se manifestar através da vontade exagerada de possuir brinquedos, roupas de grife, equipamentos eletrônicos de ultima geração, serviços e produtos luxuosos caríssimos...
Quanto maior o consumo e exclusividade, maior valorização e status.
Os bens materiais auxiliam os seres em formação a se sentirem menos ansiosos e inseguros porque causam nas outras pessoas um sentimento de admiração e inveja por sua capacidade.
A criança pequena valoriza mais seus brinquedos e outros pertences do que seus amiguinhos, de que ter sucesso nos esportes ou qualquer outra atividade.
A partir dos 14 anos, tende a se modificar quando os motivos para a diminuição da auto estima estão mais relacionados ao período de transformações do corpo e valorização social entre os amigos.
Graças aos bens materiais o adolescente consegue sucesso, passa a ser visto como alguém superior e ganha respeito do grupo.
Os bens se tornam desta forma a base para a aprovação e para o aumento da auto estima.
Para conseguir a a aceitação em determinado grupo social, as pessoas se esforçam por aparentar riqueza, mesmo que não possuam recursos, demonstrando imaturidade e criando instabilidade financeira. Isto pode interferir no psiquismo, levando á depressão.
É na infância que os cuidados para evitar este mal se iniciam.
Os pais devem mostrar a criança que ela não pode e nem necessita ter tudo. Mas o que frequentemente acontece é que para se livrarem da "choradeira" e da "azucrinação", cedem aos caprichos de seus filhos. Estes que ainda não têm pensamentos críticos formados sobre a publicidade massacrante são facilmente seduzidos por ela.
Impondo limites, os pais irão ensiná-los a conter suas vontades, avaliar o que é necessário e o que cada brinquedo ou objeto representa em suas vidas. Se assim não for, há perigo de que se tornem adultos ansiosos e infelizes, que não sabem conviver com as frustrações e nos casos mais extremos podem até cometer atos ilícitos para conseguir o que querem.
As crianças, na verdade, pedem atenção e reconhecimento. Orientar e demonstrar carinho e amor, ajuda a desenvolver a auto confiança e em consequência a auto estima, preparando-os para serem adultos bem resolvidos e participativos.
"Sou um animal sentimental,me apego facilmente ao que desperta o meu desejo. Tente me obrigar a fazer o que não quero e' cê vai logo ver o que acontece" Sereníssima
Renato Russo
O desfecho com Sereníssima ficou ótimo.
ResponderExcluirO grande problema disso tudo exposto no texto é que a maioria dos pais também estão escravizados pela mídia. A nossa sociedade está doente. Já não se apega aos verdadeiros valores.
É muito mais importante ter do que ser.
Beijos e bom final de semana.
Muito bem observado, Mi.
ExcluirO poder da mídia sufoca nossos valores, infiltra-se em nossos lares, transformando-nos em consumidores compulsivos. Somente pela educação e pelo amor isto poderá ser mudado .
Encantada com sua visita e comentário. Um feliz final de semana e aquele beijo.
O amor é entrega, precisamente o oposto de posse.Bss
ResponderExcluirA posse é resultado de uma insegurança profunda...amor é paz...
ResponderExcluirObrigada, Marcos, mais uma vez, por sua presença. Um carinhoso abraço