"Uma inquietude, que não me é peculiar, tira-me o sono. Talvez o dia cheio de preocupações seja a causa,.. ou... talvez porque a dimensão do meu sonho não caiba em minha realidade... O fato é que me reviro na cama, sem saber como acomodar braços e pernas, parece-me sentir separarem-se alma e corpo, insatisfeitos, cansados!
Busco na escuridão um rosto... imagens do passado! ...Uma grande irritação me consome... uma angústia... Quero apenas dormir, mas me levanto e escrevo..."
Quem ainda não passou noites acordado, rolando na cama, até rezando para conseguir dormir?
Quem não sentiu o efeito dessas noites no dia seguinte, tendo que cumprir com seus compromissos?
Insónia é um mal que acomete uma infinidade de pessoas nos dias atuais e precisa ser tratada. O estresse da vida moderna, o excesso de atividades, a perda de um ente querido, algumas doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, apneia do sono, síndrome das pernas inquietas, tosse noturna, depressão, e uma infinidade de outros fatores, fatalmente causam a insónia.
O que fazer?
Durante muitos anos sofri de insónia, foi necessário procurar um médico. Encontrei, para minha sorte, uma profissional séria, que além do tratamento com medicamentos, ensinou-me algumas dicas para dormir bem. Espero que possam também ajudá-los. São muito simples:
- evite atividades intensas três a quatro horas antes de dormir;
- se não conseguir dormir nos primeiros trinta minutos, levante-se. leia, escreva, assista TV, ouça música suave...
- só volte para a cama quando sentir sonolência, deite-se e procure relaxar. Aprendi, com minha professora de Yoga, uma técnica que consiste em tentar desfazer todos os pensamentos ruins, procurando pensar
unicamente num ponto imaginário, situado entre as sobrancelhas, tente esvaziar a mente (dá certo);
- pode parecer crendice, mas um copo de leite quentinho, também ajuda. O leite contém substâncias que acalmam, mas o mais importante é a sensação de aconchego que trás a caneca quentinha entre as mãos, fazendo lembrar a infância , o lar, um tempo feliz;
- programe um horário para acordar pela manhã, todos os dias e deixe que bastante luz penetre em seus olhos ao abri-los, isto vai ajudar a ajustar seu relógio biológico;
- lembre-se que nem todos precisam de oito horas de sono, há um provérbio que diz, mais ou menos assim:
''O homem sábio divide seu tempo em: seis horas para Deus, seis horas para o trabalho, seis horas para o lazer e seis horas para descansar."
sábado, 27 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Gostinho de Infância
Ah! A casa da vovó Julieta!
Casa simples, em Olinda, Distrito de Nilópolis, onde nasci e passei bons momentos da minha infância.
Era de "fundos", havia um portão na entrada, ao lado dele um banco de madeira, onde à tarde nos sentávamos para "ver o movimento da avenida". Lembro-me bem das procissões nos dias santos e dos dias de Carnaval, quando passavam os blocos "de sujos", ( mascarados, homens vestidos de mulher, diabinhos, morcegos, etc), Eu morria de medo dos diabinhos e dos morcegos! Naquele tempo, a Beija-Flor de Nilópolis era apenas um bloco carnavalesco, mas já nos encantava.
Para chegar à casa tínhamos de passar por um corredor, ladeado por uma cerca e um muro alto. Eu tinha um pavor enorme de passar ali à noite, no escuro, parecia-me interminável, cheio de fantasmas. Ia correndo, cantando alto para espantar o medo, era como se houvesse algo atrás de mim, a me empurrar para frente. Pior era quando a vovó nos fazia varre-lo. Nunca mais acabava aquela varreção.
Vovó Julieta tinha um jardim lindo, com flores que hoje em dia quase não são vistas: jasmins, maravilhas, saudades, cristas de galo, bouquet de noiva , rosas Terezinha, Jacintos, uma florzinha azul da qual não lembro o nome (era a que eu mais gostava), mas ela trazia o jardim sempre vigiado, porque nós adorávamos colher suas flores para brincar ( hoje meus netos colhem minhas flores, mas eu não me zango com eles porque me lembro que também fui criança) Ela também tinha o hábito de colocar, ali entre as plantas, docinhos para Cosme e Damião... e nós esperávamos que ela entrasse e ...Ah! Que docinhos deliciosos! Mas não comíamos tudo, não! Deixávamos alguns para os santinhos.
Uma delícia também eram: o picolé de groselha que íamos chupando até ficar só o gelinho no palito, a bisnaga fresquinha com manteiga no café da tarde (que eu ia buscar lá da padaria do seu Aníbal), o pirolito em forma de chupetinha, o quebra-queixo, a cocada de fitas, o amendoim torradinho, as compotas da vovó, a broa de milho... Hummm! Quando a gente é criança tudo é mais gostoso, tudo tem um sabor diferente, tem gostinho de infância!
Havia um toquinho de madeira segurando a porta da cozinha, nele o Licininho (primo) sentava-se para comer os docinhos da vovó. Ela lhe perguntava, quando ele acabava: -" Chegou, Licininho?" Ao que ele respondia: - "Cheguei". Ela chorava de tanto rir, aliás vovó ria-se de tudo, mas zangava-se também com nossas artes. Vovó era uma criança!
Eu e o Licininho nos dávamos muito bem, nunca brigávamos, estávamos sempre juntos nas traquinagens, mas tia Nita não dava muita folga para ele, era o caçula e ela estava sempre com medo que se machucasse ou pegasse um resfriado. Amava muito também meu primo Élcio, era mais velho que nós, mas brincava conosco e era muito alegre e divertido, Nós o perdemos muito cedo. Só pode ter ido para o Céu!
Gostava de ouvir as novelas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, mas elas começavam às seis horas da tarde, hora da Ave Maria, com Júlio Lousada, que vovó não perdia por nada deste mundo. Então eu ia para a casa do tio António e da tia Amélia, sentava-me quietinha e ficava ouvindo junto com os dois velhinhos as aventuras do Anjo e Jerônimo o Herói do Sertão.
Eu devia ter nessa época uns seis ou sete anos.
Tia Amélia era uma figura. Era alta, meio gordinha, muito mansa, simpática, dava-me um copo de suco, às vezes uma carambola, bolachas...
Tio Antônio era inteligente, acho que era professor aposentado, conversava comigo como se eu fosse um adulto, e eu ficava orgulhosa com isso.
Eu gostava muito daqueles dois!
Fui crescendo, tornei-me adolescente... lembro-me de uma vez em que fiquei com a vovó, sem meus pais, só naqueles dias é que descobri o quanto ela era linda, sensível, carinhosa, longe da imagem de velhinha rabugenta que ficou da infância, quando ficava brava com as nossas traquinagens.
Foi em Olinda também que reencontrei meu companheirinho de infância, que se tornou o meu primeiro namorado...O meu primeiro amor...!
A vida, no entanto, separou nossos caminhos!
Quando somos muito jovens não sabemos reconhecer o amor... não reconhecemos um sentimento verdadeiro... "Eu era muito jovem para saber amar"
Não voltei mais à casa da vovó depois que ela se foi!
A nossa Olinda é hoje uma doce lembrança em minha memória. Um dia ainda voltarei!
Casa simples, em Olinda, Distrito de Nilópolis, onde nasci e passei bons momentos da minha infância.
Era de "fundos", havia um portão na entrada, ao lado dele um banco de madeira, onde à tarde nos sentávamos para "ver o movimento da avenida". Lembro-me bem das procissões nos dias santos e dos dias de Carnaval, quando passavam os blocos "de sujos", ( mascarados, homens vestidos de mulher, diabinhos, morcegos, etc), Eu morria de medo dos diabinhos e dos morcegos! Naquele tempo, a Beija-Flor de Nilópolis era apenas um bloco carnavalesco, mas já nos encantava.
Para chegar à casa tínhamos de passar por um corredor, ladeado por uma cerca e um muro alto. Eu tinha um pavor enorme de passar ali à noite, no escuro, parecia-me interminável, cheio de fantasmas. Ia correndo, cantando alto para espantar o medo, era como se houvesse algo atrás de mim, a me empurrar para frente. Pior era quando a vovó nos fazia varre-lo. Nunca mais acabava aquela varreção.
Uma delícia também eram: o picolé de groselha que íamos chupando até ficar só o gelinho no palito, a bisnaga fresquinha com manteiga no café da tarde (que eu ia buscar lá da padaria do seu Aníbal), o pirolito em forma de chupetinha, o quebra-queixo, a cocada de fitas, o amendoim torradinho, as compotas da vovó, a broa de milho... Hummm! Quando a gente é criança tudo é mais gostoso, tudo tem um sabor diferente, tem gostinho de infância!
Havia um toquinho de madeira segurando a porta da cozinha, nele o Licininho (primo) sentava-se para comer os docinhos da vovó. Ela lhe perguntava, quando ele acabava: -" Chegou, Licininho?" Ao que ele respondia: - "Cheguei". Ela chorava de tanto rir, aliás vovó ria-se de tudo, mas zangava-se também com nossas artes. Vovó era uma criança!
Eu e o Licininho nos dávamos muito bem, nunca brigávamos, estávamos sempre juntos nas traquinagens, mas tia Nita não dava muita folga para ele, era o caçula e ela estava sempre com medo que se machucasse ou pegasse um resfriado. Amava muito também meu primo Élcio, era mais velho que nós, mas brincava conosco e era muito alegre e divertido, Nós o perdemos muito cedo. Só pode ter ido para o Céu!
Gostava de ouvir as novelas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, mas elas começavam às seis horas da tarde, hora da Ave Maria, com Júlio Lousada, que vovó não perdia por nada deste mundo. Então eu ia para a casa do tio António e da tia Amélia, sentava-me quietinha e ficava ouvindo junto com os dois velhinhos as aventuras do Anjo e Jerônimo o Herói do Sertão.
Eu devia ter nessa época uns seis ou sete anos.
Tia Amélia era uma figura. Era alta, meio gordinha, muito mansa, simpática, dava-me um copo de suco, às vezes uma carambola, bolachas...
Tio Antônio era inteligente, acho que era professor aposentado, conversava comigo como se eu fosse um adulto, e eu ficava orgulhosa com isso.
Eu gostava muito daqueles dois!
Fui crescendo, tornei-me adolescente... lembro-me de uma vez em que fiquei com a vovó, sem meus pais, só naqueles dias é que descobri o quanto ela era linda, sensível, carinhosa, longe da imagem de velhinha rabugenta que ficou da infância, quando ficava brava com as nossas traquinagens.
Foi em Olinda também que reencontrei meu companheirinho de infância, que se tornou o meu primeiro namorado...O meu primeiro amor...!
A vida, no entanto, separou nossos caminhos!
Quando somos muito jovens não sabemos reconhecer o amor... não reconhecemos um sentimento verdadeiro... "Eu era muito jovem para saber amar"
Não voltei mais à casa da vovó depois que ela se foi!
A nossa Olinda é hoje uma doce lembrança em minha memória. Um dia ainda voltarei!
domingo, 21 de agosto de 2011
MUNDO MÁGICO
Às vezes, ao escrever meus artigos, tenho receio de parecer piegas, "careta", etc, mas nestes dias em que ninguém tem tempo para nada, em que o corre-corre da vida moderna nos absorve, desorienta e aliena, que palavras escolher para satisfazer a quase compulsão que tenho de escrever?
Ainda que pareça tola
quero rir à toa.
Rir dos meus "tropeço".
dos meus recomeços...
Sid
Eu então lhes falo de Felicidade, de Alegrias, de Amor...Quando a gente ama corre o risco de parecer um pouco ridículo. Quem ainda não se sentiu assim?
Quero me refugiar nestas páginas, neste mundo mágico onde reencontro a minha alma de criança. (Só as crianças são realmente felizes, elas sabem o que querem)
Escrever preenche lacunas dentro de mim. Busco palavras que deixem brotar do meu íntimo o imenso carinho que preciso transmitir. É tão difícil, parece que tudo já foi dito, que a imensidão do mundo das letras está totalmente explorada! Que posso dizer com meu simples vocabulário, acostumada que estou a falar às crianças pequenas? Apenas começo a engatinhar neste mundo encantado, mas quem sabe alguém, ao ler estas páginas, encontre nelas também o seu refúgio?
Ainda que pareça tola
quero rir à toa.
Rir dos meus "tropeço".
dos meus recomeços...
Sid
Eu então lhes falo de Felicidade, de Alegrias, de Amor...Quando a gente ama corre o risco de parecer um pouco ridículo. Quem ainda não se sentiu assim?
Quero me refugiar nestas páginas, neste mundo mágico onde reencontro a minha alma de criança. (Só as crianças são realmente felizes, elas sabem o que querem)
Escrever preenche lacunas dentro de mim. Busco palavras que deixem brotar do meu íntimo o imenso carinho que preciso transmitir. É tão difícil, parece que tudo já foi dito, que a imensidão do mundo das letras está totalmente explorada! Que posso dizer com meu simples vocabulário, acostumada que estou a falar às crianças pequenas? Apenas começo a engatinhar neste mundo encantado, mas quem sabe alguém, ao ler estas páginas, encontre nelas também o seu refúgio?
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
AMAR SEM ILUSÕES
Costumamos dizer em nossa cultura, que as pessoas quando se apaixonam "ficam cegas", isto porque
buscamos na pessoa amada a projeção da nossa alma, ela representa um ser perfeito, quase divino, e empreendemos grandes esforços para que esta imagem de perfeição não se desvaneça. Percebemos, às vezes até por instinto, suas falhas, mas tentamos atenuá-las, desculpá-las e acreditamos, em nosso intimo, que o amor que sentimos será capaz de transformá-la. Quanto engano!
Depositamos neste Semi-Deus todas as expectativas, esperanças e sonhos, esperando dele o que realmente ele não pode, ou até não pretende nos oferecer. Este é o erro mais comum entre os apaixonados. Colocamos nossa felicidade nas mãos de outra pessoa, mas a felicidade está dentro de cada um de nós, em nossa capacidade de amar e respeitar, principalmente a nossa individualidade. Cegos pela paixão deixamos de vivenciar todas as nossas potencialidades e forças, deixamos de buscar e realizar todos os sonhos e ideais de vida, e quando as ilusões se desvanecem, culpamos o outro por nossas frustrações.
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo... isso não faz de mim um príncipe muito grande..." E deitado na relva ele chorou.
Antoine de Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe
Não nos ocorre que podemos e devemos nos amar como pessoas comuns, seres humanos mortais e imperfeitos, que se permitam deixar que essas imagens de perfeição se desvaneçam. Isso torna um relacionamento duradouro, entre seres que se amam sem esperar coisas impossíveis do outro. Pessoas que se amam sem ilusões!
buscamos na pessoa amada a projeção da nossa alma, ela representa um ser perfeito, quase divino, e empreendemos grandes esforços para que esta imagem de perfeição não se desvaneça. Percebemos, às vezes até por instinto, suas falhas, mas tentamos atenuá-las, desculpá-las e acreditamos, em nosso intimo, que o amor que sentimos será capaz de transformá-la. Quanto engano!
Depositamos neste Semi-Deus todas as expectativas, esperanças e sonhos, esperando dele o que realmente ele não pode, ou até não pretende nos oferecer. Este é o erro mais comum entre os apaixonados. Colocamos nossa felicidade nas mãos de outra pessoa, mas a felicidade está dentro de cada um de nós, em nossa capacidade de amar e respeitar, principalmente a nossa individualidade. Cegos pela paixão deixamos de vivenciar todas as nossas potencialidades e forças, deixamos de buscar e realizar todos os sonhos e ideais de vida, e quando as ilusões se desvanecem, culpamos o outro por nossas frustrações.
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo... isso não faz de mim um príncipe muito grande..." E deitado na relva ele chorou.
Antoine de Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe
Não nos ocorre que podemos e devemos nos amar como pessoas comuns, seres humanos mortais e imperfeitos, que se permitam deixar que essas imagens de perfeição se desvaneçam. Isso torna um relacionamento duradouro, entre seres que se amam sem esperar coisas impossíveis do outro. Pessoas que se amam sem ilusões!
sábado, 30 de julho de 2011
REVOLTA
Durante toda minha vida, venho tentando acreditar que existe um lado bom que prevalece na maioria dos seres humanos, no entanto, acontecem nesta Terra, fatos que nos surpreendem, que nos deixam estarrecidos, que nos fazem perder a esperança de dias melhores.
Como acreditar num sistema pseudo- socialista, que leva ao desespero e à alienação, milhões de cidadãos que trabalham seis meses do ano para pagar impostos altíssimos, que irão sustentar uma corja de ladrões de colarinho branco ( designação já bastante surrada,mas sempre adequada), sem ter o retorno devido deste trabalho?
Cidadãos que trabalham uma vida inteira para garantir uma velhice tranquila e digna, mas que vêem seus bens adquiridos com tanto sacrifício, serem "roubados", (roubados, sim, esta é a palavra), por indivíduos que têm interesses escusos, com a conivência de pessoas que fazem parte de uma classe que deveria nos garantir a propriedade desse patrimônio!
Meu ser , sempre sereno, não se contém frente à essas e outras injustiças, que ocorrem por todo nosso país, a revolta cresce e explode dentro de mim!
Há urgência em que este "Gigante Adormecido em Berço Esplêndido", acorde!
Não podemos mais fazer vista grossa a tantos desmandos,`a tanta vergonha!
Onde está o Amor à Pátria, que aprendemos a cultivar em nossas escolas?
Onde está o brado retumbante deste povo heróico?
Onde está este povo heróico?
Fecha-se atrás das grades de suas moradas, com medo de viver?
Algumas, poucas vozes se erguem, solitárias!
Vamos nos juntar a elas!
Como acreditar num sistema pseudo- socialista, que leva ao desespero e à alienação, milhões de cidadãos que trabalham seis meses do ano para pagar impostos altíssimos, que irão sustentar uma corja de ladrões de colarinho branco ( designação já bastante surrada,mas sempre adequada), sem ter o retorno devido deste trabalho?
Cidadãos que trabalham uma vida inteira para garantir uma velhice tranquila e digna, mas que vêem seus bens adquiridos com tanto sacrifício, serem "roubados", (roubados, sim, esta é a palavra), por indivíduos que têm interesses escusos, com a conivência de pessoas que fazem parte de uma classe que deveria nos garantir a propriedade desse patrimônio!
Meu ser , sempre sereno, não se contém frente à essas e outras injustiças, que ocorrem por todo nosso país, a revolta cresce e explode dentro de mim!
Há urgência em que este "Gigante Adormecido em Berço Esplêndido", acorde!
Não podemos mais fazer vista grossa a tantos desmandos,`a tanta vergonha!
Onde está o Amor à Pátria, que aprendemos a cultivar em nossas escolas?
Onde está o brado retumbante deste povo heróico?
Onde está este povo heróico?
Fecha-se atrás das grades de suas moradas, com medo de viver?
Algumas, poucas vozes se erguem, solitárias!
Vamos nos juntar a elas!
terça-feira, 26 de julho de 2011
As Meninas do CEEN "Arnolfo Azevedo"
9 de Julho de 2011
Recebi em minha quinta, para uma festa Julina, minhas amigas e amigos : Regininha ( o Renato não veio, mandou as cervejas), Ana ( o Fernando também não veio, estava competindo, ele é atleta)), Lurdinha, Cláudinha e o Toninho Romeiro, Dirce, Maria Teresa, Nancy, Marina e Mara Lúcia.
Vieram também o Matheus (filho da Marina) com a esposa e os dois filhos, a Lurdinha trouxe os sobrinhos netos, Beatriz e Daniel ( lindos).
A Graziana , o João Felipe e a Olívia vieram para colocar as bandeirinhas. o Matheus também ajudou a arrumar os bocais das lâmpadas que estavam queimadas.
Como é gostoso a gente organizar uma festinha para os amigos!
Tudo estava tão bonito, o jardim sempre florido e bem cuidado, a tarde linda cheia de sol, tivemos até uma fogueira.
Todos estavam tão à vontade e felizes!
Comemoramos os aniversários da Dulce e da Claudinha, trocamos presentes, rimos muito., como sempre relembramos velhas histórias.
Sinto-me tão bem junto a estas meninas, parece que o Tempo não passou, somos ainda aquelas adolescentes despreocupadas, tagarelas,...lindas!
E a gente ri! Ri por qualquer coisa!
Falamos também dos reumatismos, das safenas, do monte de remédios que tomamos, daquelas que não estão mais convosco...
Falamos de filhos, mas principalmente de netos, falamos de educação, pois afinal, apesar de aposentadas continuamos educadoras, e o que é melhor, à moda antiga, do tempo em que escola era sinônimo de respeito e aprendizagem, onde alunos admiravam e amavam seus professores, que tinham na sociedade uma posição importante.
Eu sentia orgulho em ser professora, amava meus pequenos.
Quando estava em sala de aula o mundo ficava lá fora. Nada mais existia além deles, depositavam em mim esperanças de um futuro melhor, mesmo que não tivessem consciência disto.
Somos parte de um grupo de professoras formadas no Colégio Estadual e Escola Normal "ARNOLFO AZEVEDO", na turma de 1966.
Adquirimos ali, ideais e conceitos que nortearam toda nossa vida, desenvolvemos um profundo sentimento de respeito e amor à nossa Pátria, aprendemos a ser profissionais responsáveis, tivemos exemplos de vida extraordinários com nossos mestres, como os professores:
José Coutinho, Leda Juliano, Roberto F Leal, Lutigardes de Oliveira, Ariovaldo Carvalho, Dínis, Crisanto, Olavo Leonel, Lay e Edir Vilela, Mabel, Aparecida Conti, Paulo Canetieri, Osiris, Caio Fox Drumont, Marília, Rutinha, Celeste Godoy, P. Mário Bonatti e os Diretores: Nelson Pesciota, Williams e Batista.
Não posso deixar de lembrar o nome querido do professor Ednardo Areco, que conduzia com pulso firme as turmas de Educação Física, a nossa fanfarra (muitas vezes campeã dos festivais), e estava à frente das olimpíadas que aconteciam durante o ano letivo. Sempre ao seu lado estava a prof Vilma Póvoas.
Muitos destes mestres queridos já nos deixaram!
De todos ficaram saudades e seus nomes ficarão eternamente gravados em nossa memória.
Saudades do velho e querido Arnolfo Azevedo!
Funcionava no casarão da praça da matriz, onde hoje é a Casa da Cultura, mais tarde transferido para a Cidade Industrial, onde funciona até hoje.
Ao passar em frente ao meu querido colégio, fico a me perguntar:
"O que fizeram com a Educação? O que fizeram com a nossa juventude?"
"Se és incapaz de sonhar, nasceste velho; se o teu sonho te impede de agir, segundo a realidade, nasceste inútil; se porém, sabes transformar sonhos em realidade e trocar as realidades com a luz dos teus sonhos, então serás grande na tua Pátria e a tua Pátria será grande em ti."
Recebi em minha quinta, para uma festa Julina, minhas amigas e amigos : Regininha ( o Renato não veio, mandou as cervejas), Ana ( o Fernando também não veio, estava competindo, ele é atleta)), Lurdinha, Cláudinha e o Toninho Romeiro, Dirce, Maria Teresa, Nancy, Marina e Mara Lúcia.
Vieram também o Matheus (filho da Marina) com a esposa e os dois filhos, a Lurdinha trouxe os sobrinhos netos, Beatriz e Daniel ( lindos).

Como é gostoso a gente organizar uma festinha para os amigos!
Tudo estava tão bonito, o jardim sempre florido e bem cuidado, a tarde linda cheia de sol, tivemos até uma fogueira.
Todos estavam tão à vontade e felizes!
Comemoramos os aniversários da Dulce e da Claudinha, trocamos presentes, rimos muito., como sempre relembramos velhas histórias.
Sinto-me tão bem junto a estas meninas, parece que o Tempo não passou, somos ainda aquelas adolescentes despreocupadas, tagarelas,...lindas!
E a gente ri! Ri por qualquer coisa!
Falamos também dos reumatismos, das safenas, do monte de remédios que tomamos, daquelas que não estão mais convosco...
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Eu sentia orgulho em ser professora, amava meus pequenos.
Quando estava em sala de aula o mundo ficava lá fora. Nada mais existia além deles, depositavam em mim esperanças de um futuro melhor, mesmo que não tivessem consciência disto.
Somos parte de um grupo de professoras formadas no Colégio Estadual e Escola Normal "ARNOLFO AZEVEDO", na turma de 1966.
Adquirimos ali, ideais e conceitos que nortearam toda nossa vida, desenvolvemos um profundo sentimento de respeito e amor à nossa Pátria, aprendemos a ser profissionais responsáveis, tivemos exemplos de vida extraordinários com nossos mestres, como os professores:
José Coutinho, Leda Juliano, Roberto F Leal, Lutigardes de Oliveira, Ariovaldo Carvalho, Dínis, Crisanto, Olavo Leonel, Lay e Edir Vilela, Mabel, Aparecida Conti, Paulo Canetieri, Osiris, Caio Fox Drumont, Marília, Rutinha, Celeste Godoy, P. Mário Bonatti e os Diretores: Nelson Pesciota, Williams e Batista.
Não posso deixar de lembrar o nome querido do professor Ednardo Areco, que conduzia com pulso firme as turmas de Educação Física, a nossa fanfarra (muitas vezes campeã dos festivais), e estava à frente das olimpíadas que aconteciam durante o ano letivo. Sempre ao seu lado estava a prof Vilma Póvoas.
Muitos destes mestres queridos já nos deixaram!
De todos ficaram saudades e seus nomes ficarão eternamente gravados em nossa memória.
Saudades do velho e querido Arnolfo Azevedo!
Funcionava no casarão da praça da matriz, onde hoje é a Casa da Cultura, mais tarde transferido para a Cidade Industrial, onde funciona até hoje.
Ao passar em frente ao meu querido colégio, fico a me perguntar:
"O que fizeram com a Educação? O que fizeram com a nossa juventude?"
"Se és incapaz de sonhar, nasceste velho; se o teu sonho te impede de agir, segundo a realidade, nasceste inútil; se porém, sabes transformar sonhos em realidade e trocar as realidades com a luz dos teus sonhos, então serás grande na tua Pátria e a tua Pátria será grande em ti."
quarta-feira, 20 de julho de 2011
EDUCAÇÃO E EMOÇÃO
Vivemos tempos de altos índices de criminalidade: abusos de drogas , massacres de inocentes, preconceitos e muitos outros indicadores de mal estar social, principalmente entre a população jovem.
Estamos à beira de um colapso nas relações humanas, ocasionado pela alienação e pressões sociais. Existe uma tendência para o individualismo exacerbado, que gera uma competitividade crescente entre as pessoas, principalmente no trabalho, ocasionando o isolamento e a desintegração das relações sociais. Mas é exatamente neste momento de altas pressões de ordem econômico-sociais, que surge a necessidade de mais cooperatividade e envolvimento entre os indivíduos.
Os noticiários nos bombardeiam diariamente com os indicadores desta desintegração social que refletem o desenfreado descontrole emocional de nossas próprias vidas e das pessoas que estão ao nosso redor. Todos estamos à mercê deste descontrole emocional.
As notícias mostram o desespero, a inquietação nas famílias e nas comunidades.
Crianças vivem trancadas em casa, sozinhas, tendo a TV como babá, são abandonadas nas ruas, em lixeiras, em córregos, são violentadas, esquecidas, presenciam a violência conjugal de seus pais. ..Adolescentes estão armados nas escolas, casos de homofobia tornam-se cada vez mais constantes , a violência no transito mata milhares de inocentes...
Há também um grande desconforto emocional entre as crianças.
Os pais, principais responsáveis pela formação do adulto, vivem em constantes pressões de ordem econômica ( que não existiam com tanta intensidade nas gerações passadas) e não têm tempo para seus filhos, a situação é agravada pela falta da mãe que também precisa trabalhar.
O que os pais devem fazer é utilizar seu tempo disponível para ajudar seus filhos a aprenderem a lidar com suas próprias emoções. Os professores, que atualmente substituem a família na educação da criança, também devem ensinar-lhes as aptidões básicas dos sentimentos
Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil, Mas zangar-se com a pessoa certa,
na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil!"
Aristóteles em "Ética à Nicômaco'
As emoções nocivas prejudicam o nosso organismo tanto quanto o fumo, o equilíbrio emocional nos traz saúde e bem estar.
Somos dotados, pela herança genética, de um temperamento, mas temperamento não é destino, podemos perfeitamente modelá-lo através da educação, seja em casa ou na escola.
O medo de traumatizar impede os pais de impor limites às ações das crianças e deixam de lhes transmitir valores éticos. Nas escolas professores vivem preocupados e porque não dizer, acuados com a violência e desrespeito dos alunos sem saber como agir.
"A principal esperança de um pais está na Educação adequada de sua juventude" Erasmo
É necessário que a Educação se concentre na emoção da criança.
O aprendizado não pode ocorrer fora do âmbito dos sentimentos do aluno.
Nós, adultos mais próximos, somos depositários de todas as suas aspirações, de todas as suas esperanças. Elas precisam saber que nos importamos com seus sentimentos.
É na família que iniciamos a aprendizagem emocional que levamos para o resto de nossas vidas. Aprendemos como nos sentir com relação a nós mesmos, como as outras pessoas irão reagir à nossas emoções.
Aprendemos como avaliar nossos sentimentos e como reagir a eles.
Aprendemos como interpretar e expor nossas expectativas e medos.
Aprendemos tudo isso não só através das palavras, mas dos exemplos que nossos pais nos transmitem de seus próprios sentimentos e também das emoções que acontecem em sua vida conjugal.
Da forma como os pais tratam os filhos, se com disciplina rígida ou com compreensão carinhosa, ou com indiferença, ou com violência, vai depender a vida afetiva dos filhos.
Uma criança emocionalmente bem desenvolvida é auto suficiente, interessada, sabe que tipo de comportamento adotar, sabe frear seus impulsos, é capaz de aguardar sua vez, sabe seguir orientações, procura por ajuda quando necessita e expressa seus desejos e necessidades.
"...só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos"
Antoine de Saint- Exupéry em "O Pequeno Principe"
A educação afetiva começa no berço.
Todas as trocas emocionais entre pais e filhos,
todos os cuidados , cada necessidade atendida prontamente, desde os primeiros momentos de vida e durante toda a infância, irão deterrninar a confiança e a segurança que a criança terá em relação ao adulto e a si mesma.
Estamos à beira de um colapso nas relações humanas, ocasionado pela alienação e pressões sociais. Existe uma tendência para o individualismo exacerbado, que gera uma competitividade crescente entre as pessoas, principalmente no trabalho, ocasionando o isolamento e a desintegração das relações sociais. Mas é exatamente neste momento de altas pressões de ordem econômico-sociais, que surge a necessidade de mais cooperatividade e envolvimento entre os indivíduos.
Os noticiários nos bombardeiam diariamente com os indicadores desta desintegração social que refletem o desenfreado descontrole emocional de nossas próprias vidas e das pessoas que estão ao nosso redor. Todos estamos à mercê deste descontrole emocional.
As notícias mostram o desespero, a inquietação nas famílias e nas comunidades.
Crianças vivem trancadas em casa, sozinhas, tendo a TV como babá, são abandonadas nas ruas, em lixeiras, em córregos, são violentadas, esquecidas, presenciam a violência conjugal de seus pais. ..Adolescentes estão armados nas escolas, casos de homofobia tornam-se cada vez mais constantes , a violência no transito mata milhares de inocentes...
Há também um grande desconforto emocional entre as crianças.
Os pais, principais responsáveis pela formação do adulto, vivem em constantes pressões de ordem econômica ( que não existiam com tanta intensidade nas gerações passadas) e não têm tempo para seus filhos, a situação é agravada pela falta da mãe que também precisa trabalhar.
O que os pais devem fazer é utilizar seu tempo disponível para ajudar seus filhos a aprenderem a lidar com suas próprias emoções. Os professores, que atualmente substituem a família na educação da criança, também devem ensinar-lhes as aptidões básicas dos sentimentos
Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil, Mas zangar-se com a pessoa certa,
na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil!"
Aristóteles em "Ética à Nicômaco'
As emoções nocivas prejudicam o nosso organismo tanto quanto o fumo, o equilíbrio emocional nos traz saúde e bem estar.
Somos dotados, pela herança genética, de um temperamento, mas temperamento não é destino, podemos perfeitamente modelá-lo através da educação, seja em casa ou na escola.
O medo de traumatizar impede os pais de impor limites às ações das crianças e deixam de lhes transmitir valores éticos. Nas escolas professores vivem preocupados e porque não dizer, acuados com a violência e desrespeito dos alunos sem saber como agir.
"A principal esperança de um pais está na Educação adequada de sua juventude" Erasmo
É necessário que a Educação se concentre na emoção da criança.
O aprendizado não pode ocorrer fora do âmbito dos sentimentos do aluno.
Nós, adultos mais próximos, somos depositários de todas as suas aspirações, de todas as suas esperanças. Elas precisam saber que nos importamos com seus sentimentos.
É na família que iniciamos a aprendizagem emocional que levamos para o resto de nossas vidas. Aprendemos como nos sentir com relação a nós mesmos, como as outras pessoas irão reagir à nossas emoções.
Aprendemos como avaliar nossos sentimentos e como reagir a eles.
Aprendemos como interpretar e expor nossas expectativas e medos.
Aprendemos tudo isso não só através das palavras, mas dos exemplos que nossos pais nos transmitem de seus próprios sentimentos e também das emoções que acontecem em sua vida conjugal.
Da forma como os pais tratam os filhos, se com disciplina rígida ou com compreensão carinhosa, ou com indiferença, ou com violência, vai depender a vida afetiva dos filhos.
Uma criança emocionalmente bem desenvolvida é auto suficiente, interessada, sabe que tipo de comportamento adotar, sabe frear seus impulsos, é capaz de aguardar sua vez, sabe seguir orientações, procura por ajuda quando necessita e expressa seus desejos e necessidades.
"...só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos"
Antoine de Saint- Exupéry em "O Pequeno Principe"
A educação afetiva começa no berço.
Todas as trocas emocionais entre pais e filhos,
todos os cuidados , cada necessidade atendida prontamente, desde os primeiros momentos de vida e durante toda a infância, irão deterrninar a confiança e a segurança que a criança terá em relação ao adulto e a si mesma.
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