quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Paraiso Ecológico Profanado

Meu objetivo hoje é reforçar uma denúncia.
Corro o risco de parecer entrar em contradição, porque por mais de uma vez me manifestei em favor do ser humano, de seu direito  à qualidade de vida, a partir do desenvolvimento sustentável. Porém, trata-se aqui de defender um patrimônio que pertence a todos nós, dos interesses escusos de um grupo que vem criando situações embaraçosas e porque  não dizer escandalosas, em nosso país.
Trata-se da invasão de terras que pertencem ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro.


O Jardim Botânico pode ser considerado um santuário ecológico, um dos dez mais importantes do gênero no mundo.
Foi criado por D. João VI para abrigar as espécies mais raras  da flora brasileira e de outros
países                                           

      


chafariz central
É visitado por milhares de pessoas do mundo inteiro, entre adultos e crianças, que ficam fascinados com tanta beleza.
A presença de animais silvestres completa o  maravilhoso cenário.




Conta com 6 500 espécies de plantas de jardim.
As palmeiras imperiais são o destaque, formando alamedas que são cartões postais do Rio de Janeiro.
Possui diversas espécies de plantas que se encontram em extinção, como o nosso pau- brasil, o pau- mulato, o araca amarelo,  maravilhosos jardins - japonês, sensorial e rotatório,  3000  exemplares de 600 espécies de orquídeas de extraordinária beleza, 1700 espécies de bromélias, um violetário, estufa de plantas insetívoras, uma das maiores coleções de cactos do país e jardins de plantas medicinais.
                                                                                                                                                                               
Entre as maiores atrações do Jardim Botânico estão os seis lagos, com a exuberância de suas vitórias régias,
flor-de-lótus, papirus e água-pé, com destaque para o Lago de Frei Leandro, que foi recuperado por um projeto paisagistico.


                  


Pequenos animais silvestres  habitam o parque e fazem a alegria da criançada. São borboletas, esquilos, bem-te-vis, canários, curiós, garças, periquitos, macacos... 

                                                                               


.Patrimônio histórico, artistico e arqueológico, guarda um acervo de obras e monumentos que datam do século XVI ao XIX,
Podem ser visitados : a antiga fábrica de pólvora, fundada por D João VI, a Casa dos Cedros, a Casa dos Pilões, o antigo Portal das Belas Artes e o Solar da Imperatriz, onde atualmente se encontra a Escola Nacional de Botânica Tropical, primeira do gênero na América do Sul.
 


garça branca




Portal das Belas Artes
                       



Solar da Imperatriz
             
vitória-régia
Além de tudo isso, abrange uma grande área remanescente da Mata Atlântica.



     



 O Jardim Botânico foi definido pela UNESCO. como uma das reservas da biosfera.
O parque é o carro -chefe do Rio em sua campanha junto a UNESCO para se tornar  Patrimônio da Humanidade,


É este patrimônio de valor inestimável que está sendo depredado.
Sofrendo um absurdo processo de favelização, segundo denúncia da Revista Veja, do mês de fevereiro de 2011,

Estão envolvidos em mais este escândalo no país, os nomes de  militantes petistas, como a argentina Célia Ravera e o deputado federal Edson Santos,  ligados ao MST (Movimento dos Sem Terra ) e o pior, com o aval do governo federal.
Ali residem milhares de pessoas, muitas nem são pobres, recebendo em média dez salários mínimos por mês, algumas residências têm carros importados nas garagens,  encontram-se até mansões no local. Entre os moradores estão a mãe e duas irmãs do deputado Edson dos Santos,  ex- ministro do governo Lula, que já morou no parque. Uma delas é Emília de Souza, presidente da associação dos moradores.              

água-pé

                                                                                                   


Esta denúncia foi feita pala revista há quase um ano. De lá para cá nenhuma providência foi tomada.
A situação existe desde a fundação do parque, quando as residências ocupadas pelos empregados, durante seus contratos de trabalho, não eram devolvidas ao final dos mesmos. Estes imóveis foram transferidos a herdeiros e até vendidos com a conivência das administrações do parque. O problema se agravou na última decada, com a chegada de mais invasores.
Existem invasões até mesmo nas áreas de visitação pública -arbóreo- e em áreas de risco, nas encostas e nas margens do rio dos Macacos.
 Ainda há muito o que fazer na justiça, mas a julgar pela forma que o governo federal vem tratando o assunto,  a construção de novos barracos irá se ampliando, manchando mais um  cartão - postal . brasileiro.                     
              


Já se encontra na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, o projeto de Lei 161/2009, que determina que a área ocupada pelos invasores passe a ser um bairro. Bairro este que despeja no rio dos Macacos sua rede de esgotos, levando a contaminação à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde desagua 2km abaixo.
Centenas de processos movidos pela Advocacia Geral da União, julgados já em última instância contra a ocupação, foram suspensos pela Secretaria do Patrimônio da União. Estes processos davam reintegração de posse da área invadida ao Jardim Botânico, Cria-se ai um impasse jurídico sem precedentes.

                                                                                                        

  
      A favelização do Jardim Botânico nada mais é do que um caso característico de como a ideologia esquerdista, misturada aos conchavos de compadres, vem tripudiando não só sobre  a política do país, mas também sobre a paisagem e sobre todos nós, os contribuintes.

Um comentário:

  1. Acho que está passando da hora dos cariocas que se manifestam nas ruas em favor da liberalização da maconha, irem às ruas e acabar com essa baderna no Jardim Botânico.Aliás só eles ganham com o turismo local!

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